quarta-feira, 23 de maio de 2007

O tenentismo dos anos 20



Esse movimento militar Brasileiro alastrou-se por todo o país em meados dos anos 20, período em que a política do café com leite promovidos pelas Oligarquias cafeeiras dava sinais de total esgotamento, devido a crise de seu principal produto no mercado internacional, com as sucessivas quedas de nosso produto nacional, agravando o panorama social Brasileiro durante esse período que já era bastante crítico, o que motivou os militares a deflagarem diversas rebeliões armadas, tendo como base, as aspirações de um governo nacionalista, com influências do positivismo do pensador Francês Auguste Comte, desde o sucesso Guerra do Paraguai, e o final do Império de D.Pedro II. E sobre alguns movimentos do tenentismo que irei falar agora, como a revolta dos 18 do forte de Copacabana, a revolta Paulista e o furacão da Coluna Miguel-Costa-Prestes, o que serviram de estopim para o sucesso da revolução de 30, com a culminância da fúria tenentista, assinalando um momento histórico na sociedade Brasileira.
Os 18 do forte de Copacabana seguido pela revolta paulista

A revolta dos 18 do forte de copacabana foi o pontapé inicial para a alanvacada das divergências entre os militares e Oligarquia, onde os militares não queriam que o presidente eleito pelo voto de cabresto e o coronelismo, Arthur Bernardes, não tomasse posse, o que não foi possível, devido a falta de reacionários à aderirem ao movimento, sendo rechaçados pelo exército leal aos cafeicultores, com apenas 2 sobreviventes. Apesar do fracasso do movimento, o prestígio entre os outros grupos militares foi bem alto, o que serviu de estímulo para que novas revoltas fossem desencadeadas, a revolta paulista de 1924 teve data de início no mesmo dia do levante de copacabana em homenagem a este movimento, onde os militares tomaram o poder da capital paulista por vinte e três dias, bombardeando o palácio do governo, intimando o presidente de São Paulo Carlos Campos a retirar-se, indo para o interior do estado. Após a tomada da capital, o movimento expandiu rumo ao interior de São Paulo e outros estados como o Amazonas e o Rio Grande do Sul, mas como resposta, o presidente Bernardes bombardeia a capital paulista em pontos estratégicos, fazendo com que os rebeldes retrocedessem refugiassem na cidade de Bauru, onde o chefe Isidoro Dias Lopes e Joaquim Távora, recebem a notícia que as tropas legalistas se encontravam na cidade de Três Lagoas no Mato Grosso do Sul, resolvendo atacar essa região, sofrendo a sua maior derrota para os legalistas, perdendo considerável parte de suas tropas, o que restou aos rebeldes paulistas, a refugiarem-se no Sul, onde encontram outra coluna militar chefiada por Luis Carlos Prestes na cidade de Foz do Iguaçu no Parána, ocorrendo a fusão dessas colunas, formando a famosa Coluna Miguel-Costa-Prestes


A bravura da Coluna Miguel-Costa-Prestes e revolução de 30

Coluna esta formada no Rio Grande do Sul, com influências do 18 do forte e da revolta paulista de 24, onde o irmão de Joaquim Távora, Juarez Távora, tomou a cidade de Uruguaiana, Siqueira Campos tomando a cidade de São Borja, e Prestes a cidade de Santo Ângelo, na situação onde Joaquim e Siqueira Campos, fracassaram para que o movimento alastrasse pelo interior do Rio Grande do Sul, mas Prestes rompe o cerco do estado, e foge para o Parána, encontrando com a Coluna formada por Isidoro e Joaquim em Fóz do Iguaçu, mesclando-as, com a formação da Coluna Miguel-Costa-Prestes. A bravura da Coluna foi tanta, que percorreram mais de 25.000 km de norte a sul do território Brasileiro, através de estratégias despistando as tropas legalistas do governo. Porém, o movimento não alcançou sua meta de derrubar o até então presidente Washington Luís, já que a coluna retirou-se do Brasil, partindo para esconder-se na Bolívia, retornando ao país tempos depois, saindo vitoriosos da batalha na cidade de Lençóis. A rebelião do tenentismo atinge o seu apogeu, em 1930, com um movimento militar de porte nacional, devido a derrota nas urnas da aliança liberal formada por Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, com Getúlio Vargas e João Pessoa perdendo para o candidato do governo Júlio Prestes, e o enfraquecimento das Oligarquias pós crise de 1929 em todo o mundo capitalista, o que só acrescentou para o sucesso da revolução, que em menos de um mês, percorreu todo o país, derrubando a república velha, expulsando os cafeicultores do poder, e instaurando uma nova forma de governo, caracterizada pela era vargas.
Fico por aqui, prometendo mais posts sobre esse assunto do tenentismo, abraço a todos e até outro dia.

















Um comentário:

Unknown disse...

A coluna não conseguiu derrubar Arthur Bernardes. Quando Washington Luis foi eleito, a coluna, num gesto de boa vontade para com o novo presidente, internou-se na Bolivia. Quem, derrubou Washington Luis foi uma junto militar, a 24 de outubro de 1930. A junta cedeu o poder a Getulio Vargas, depois de uma negociação feita com Oswaldo Aranha. O tema é riquíssimo e complexo. Teu esforço de sintese vai bem na maior parte, mas peca por alguns detalhes como esse que apontei. Mas, siga em frente. Um abraço.