quinta-feira, 25 de setembro de 2008
João Goulart: Um presidente esquecido
A postagem de hoje não foi de minha autoria, mas sim, de um legítimo militante ideológico simpatizante do ideário Trabalhista, das raízes Getulistas, Brizolistas e Janguistas, no qual decidimos com muito entusiasmo, publicar este texto, no intuito de divulgar este blog para todos os devotos condizentes com o espírito do Trabalhismo Brasileiro que todos nós compactuamos.
Espero que gostem da postagem do amigo Rafael Vila, muito obrigado e até a próxima
João Goulart, um presidente esquecido
Há alguns meses vieram à tona detalhes de um passado que muitos julgavam sepultado. Um ex -agente do Serviço Secreto Uruguaio denuncia: João Goulart não faleceu em decorrência de problemas cardíacos, mas foi envenenado,em uma ação conjunta dos órgãos de repressão a serviço dos governos militares ditatoriais que se instalaram na América do Sul, a famosa Operação Condor, que aterrorizou nosso continente nos meados da década de 70.
A lavagem cerebral imposta pelos militares a partir do Golpe de Estado fez desaparecer da memória coletiva importantes nomes da política nacional pré 64. Os maiores prejudicados com esse boicote foram os líderes trabalhistas. Leonel Brizola, em razão de sua longa atuação política, e apesar da feroz perseguição sofrida pelos grandes grupos econômicos, conseguiu reverter parcialmente esse quadro de esquecimento e desinformação. Jango não teve a mesma chance. Morreu precocemente no exílio, em 1976.
Jango foi derrubado pelas suas virtudes. Era um latifundiário, mas com uma impressionante sensibilidade aos problemas sociais. Entre as metas de seu governo estavam a lei de remessas de lucros, que disciplinava as multinacionais, proibindo que investimentos em cruzeiros gerassem dólares exportados (no governo Lula, as remessas de lucros batem recordes). Outro ponto crucial era a reforma agrária. Uma verdadeira obsessão de Jango era terminar o trabalho que o seu mentor político Getúlio Vargas, realizara: estender as conquistas sociais que o trabalhador urbano conseguira no período Getulista ao trabalhador rural.
Negociador leal, homem compreensivo e solidário, nunca o Brasil experimentou uma sensação de democracia e otimismo como no período de seu governo. Vale ressaltar aqui o começo avassalador de sua carreira política, quando Ministro do Trabalho do Governo Vargas, ocasião na qual propôs a duplicação do salário mínimo, e acabou forçado a deixar a pasta em decorrência de pressões de setores conservadores do exército e da sociedade civil, mesmas forças que levariam Getúlio ao suicídio pouco tempo depois.
Rafael Vita é servidor do Fórum de Execuções Fiscais
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