quinta-feira, 21 de junho de 2007

3 anos sem Brizola...







Post mais do que especial para falar desse grande homem e brasileiro que fez uma época, marcando toda uma geração de legionários, com sua personalidade tomada por fortes anseios de mesclar o nacionalismo, com socialismo e o trabalhismo, sendo um político e homem do povo, prefeito, deputado e governador, estadista, encabeçador de movimentos reácionarios contra os parasitas da população, vice presidente da Internacional Socialista, fundador de um partido de raízes legítimas do trabalhismo PDT iniciada pelo seu mentor maior, guerreiro nos momentos mais cruciais em combate a ameaça contra a integridade da nação brasileira promovida por tiranos falsários, que sempre desamparam o povo em todos os quesitos, em todas as horas e circunstâncias, um homem de ação e palavra, encarando seus medos sem fraquejos ou tropeços, nadando contra a maré dos mesmos de sua classe, consagrou-se para a eternidade. E hoje resolvi vir aqui para deixar essa homenagem ao saudosíssimo Leonel de Moura Brizola, que nos faz muita falta com o passar dos 3 anos de seu falecimento.


Leonel de Moura Brizola é natural de Carazinho, interior do Rio Grande do Sul, nascido no dia 22 de janeiro de 1922, tendo passado por muitas dificuldades em sua dura infância, onde perdeu o pai que forá morto pelas oligarquias gaúchas, sendo obrigado a trabalhar para pagar por seu estudos, sempre tendo uma indentidade maior com as classes trabalhadoras, onde entrou na vida pública ingressando no PTB fundado em 1945 por aquele que seria sua inspiração maior na política, Getúlio Dornelles Vargas, que levou consigo durante sua campanha eleitoral de 1950, Brizola, Jango e Brochado da Rocha, o que saudoso Darcy Ribeiro apelidou como o "jardim de infância" de Vargas, o que foi um grande começo para que Brizola se firmasse durante os anos 50, como uma das principais lideranças de esquerda, elegendo-se prefeito e governador pelo seu estado natal, o que o tornou uma liderança forte dentro do Rio Grande do Sul. A sua consagração veio durante um movimento popular de porte nacional denonimado como "resistência pela legalidade", encaminhando campanha pelas rádios de todo o brasil, convocando o povo de norte a sul do pais, para votarem em um plebiscito de retorno ao regime presidêncialista, abortando os golpistas que fariam do parltamentarismo, uma escala para consolidarem um golpe de estado, assegurando a posse de seu amigo e cunhado João Goulart, sendo eleito deputado no estado da antiga Guanabára com votação histórica até aquele momento, e coordenou o grupo de pressão a Goulart, para que as reformas de base saíssem do papel, enfrentando forte oposição por parte dos membros da UDN e dos EUA através de seu radicalismo político, e tamanho engajamento político serviu de estímulo para que Brizola fosse cotado a ser o próximo candidato a presidente da república que sucederia Goulart. Contudo o ambiente no Brasil dos anos 60 era bastante caótico, resultado do conturbado período histórico da guerra fria, entre sermos uma colônia financeira dos Ianques Americanos, ou Satélite de espionagem dos Soviéticos, Brizola com sua postura radicalista aproximou-se do mito Che Guevara, sendo um dos principais alvos dos golpistas que alastram seus planos de tomada do poder, principalmente após o famoso comício do 13 de março, servindo de gota d'água para os conservadores, onde estes realizam o movimento da Marcha da Família por Deus pela Liberdade, aumentando considerávelmente a insastifação popular com o governo goulart, fazendo com que Brizola planejasse uma sublevação militar no Rio Grande, o que não deu certo, pelo fato de Jango ser contra qualquer medida que fosse culminar em uma guerra civíl, negando o cargo de ministro da guerra que Brizola pediu, e cedendo as pressões dos opositores. O golpe foi consumado no 1° de Abril de 64, e Brizola, assim como Jango e toda sua equipe de governo partiram as pressas para o exílio no Uruguai de 15 anos, onde Brizola planejou movimentos armados para a derrocada da ditadura, como consequência direta de seu segundo exílio, partindo forçadamente do Uruguai para os EUA, alinhando relações com o presidente Jimmy Carter, depois parte para Lisboa, planejando a carta de Lisboa, propondo aos trabalhistas e socialistas para que o antigo PTB de Vargas voltasse, quando a ditadura dava sinais de abertura política. Sua volta do exílio em 79 foi muito comemorada pelo povo Brasileiro, mais a podridão da ditadura continou a assolar os anseios de Brizola, o sonho do antigo PTB foi negado pela ditadura, onde o general Golbery do Couto Silva deu a sigla partidária a Ivete Vargas, e ao mesmo tempo permitiu a ascenção dos falsários do PT, com sua unidade liderada por Lula e os pseudo trabalhistas. como medida de enfraquecer o trabalhismo e ao próprio Briza, restando ao velho fundar outra agremiação política voltada aos interesses do trabalhismo, como foi a criação do PDT , ao lado do grande Darcy Ribeiro, logo se sagrando vencedor das eleições para governador no estado do Rio de Janeiro, mesmo sendo vítima de um ampla conspiração do partido da ditadura PDS. unidos a rede globo de televisão, nas situações em que a vontade popular foi atendida, o velho Briza foi reeleito como governdor do Rio. Tudo parecia muito bem a Brizola após a volta do exílio, até as conturbadas eleições presidênciais de 89, onde sua campanha eleitora foi sabotada por falsas pesquisas eleitorais, e forte oposição de Roberto Marinho, colocando Lula no segundo turno com Collor, enquanto o favoritismo de Brizola foi jogado para escanteio, amargando um 3° lugar nas votações, sendo assim em 94, e 98, onde ele aliou-se a Lula como medida para vencer o neo liberalismo que surgiu á partir da administração de Collor. A popularidade de Brizola decaiu bastante após os ataques da rede globo, não vencendo mais nennhuma eleição, dedicando os últimos anos da sua vida ao PDT, falecendo no dia 21 de junho de 2004, aos 82 anos de idade, sendo reverenciado com uma bela manifestação feita por seus seguidores e simpatizantes no dia de seu sepultamento.
Cumpri minha missão em homenagem ao velho Briza, que nos legou sua ideologia e coragem de luta que perduraram por mais de 5 décadas, restando para que todos continueem seus anseios de amar a pátria acima de qualquer coisa, vai com deus velho Briza!!

3 comentários:

Clara Maria Pereira a Rosa disse...

Muito bom Mariano, para nós que amamos o Brizola e que nos identificamos com suas lutas é muito
animador ver jovens como tú, enfrentando a oposição de teus colegas e professores e postando corajosamente as verdades históricas.
Parabéns pelo tópico.
Parabéns pela coragem!
BRIZOLA E O TRABALHISMO VIVEM EM JOVENS COMO TÚ!
MARAVILHOSO.

Lunárium Perpetum disse...

O nome de Brizola é um norte a todos aqueles que quiserem se pautar com brilhantismo e dignidade na política meio esse mar de lama, um farol a nos guiar nessas vagas sombrias.

Morre o homem, mas não morre seus ideais. Brizola VIVE!

Gustavo Marin disse...

Brizola foi um exemplo de homem, de político, de socialista.

Mesmo você sabendo que sou anti-Vargas, meu apreço pela figura do Briza é enorme. Recentemente, lendo uma reportagem sobre o rapper MV Bill, Brizola foi citado numa parte que dizia que ele havia levado para as favelas um programa educacional, com o intuito de abastecer intelectualmente as camadas menos abastadas do povo brasileiro.

Alguém de fato acha que a Globo vai apoiar um negócio desses? A Globo é muito boa pra apoiar policial entrar com tanque de guerra em favela... cara que leva cultura para os pobres ela pega de Cristo.

Você conhece muitas figuras políticas (não todas) pelos inimigos que ela tem. Por isso, meu respeito, minha admiração e meu exemplo em relação a figura do velho Briza eu carrego no peito. É um dos poucos políticos brasileiros que eu tenho como referência.

Parabéns pelo texto, e abraço, Mariano!