sexta-feira, 6 de abril de 2007

As desvirtudes do Trabalhismo atual



O panorama social e político vigentes hoje em estado Brasileiro, vem em desvirtudes do Trabalhismo que há decadas marcou história, sendo iniciado pela revolução de 30 e a ascenção de Getúlio Dornelles Vargas a presidência para habilitar o catete, e que hoje o Trabalhismo iniciado por Vargas, tem sua unidade desfortalecida, por um líder que se julga trabalhista, que diz ser do povo, mais que continua o legado neo liberal, advinda do apogeu desse sistema, incrementado pela abertura da econômia que Collor promoveu ao longo de seu mandato, e das tão comentadas privatizações impostas por FHC.
A introdução do Trabalhismo no Brasil
Os momentos antecessores a revolução de 30, rompendo com o monopólio da monocultura de café, mantendo a nação em pleno retrocesso secular, resultado de 36 anos da república velha no Brasil, a revolução veio como resultado do tenentismo, e também dos descontentamento das outras classes vigentes, descontentes com a administração dos barões do café, assinalando uma nova era na fase repúblicana no brasil dos anos 30, promovendo o 1° de maio, como feriado nacional, em consagração aos trabalhadores de todo o país.
As primeiras leis trabalhistas
Após o sucesso da revolução, os antigos detentores do poder, se vêem descontentes com as mudanças que Vargas promoveu ao longo do tempo, com a centralização do poder na mão do caudilho, fugindo do controle do estado de São Paulo, e estes então, conspiram contra a nova ordem Brasileira, articulando uma contra - revolução, objetivando que a antiga ordem entrasse novamente em rigor, com o passar dos três mêses da contra revolução, a derrota paulista, o presidente então, modifica a constituição, criando as primeiras leis do trabalho, leis de garantia de serviços prestados pelos trabalhadores, para manter uma base eleitoreira, para ai então, reeleger - se novamente, situação ocorrida em 34.
O regime autoritário: consolidação do CLT
O período da era Vargas conhecido como estado novo, é o alvo maior das critícas por parte da impresa dos críticos intelectuais, apesar da opressão e censura aos meios de comunicação por parte do regime, nessa fase, as leis foram legitimadas, e o Brasil tinha início a um salto no seu desenvolvimento no campo econômico, com a criação da siderúgica nacional, a vale do rio doce, o BNDES, a telebrás, o FGV, mais principalmente no social, uma vez que as leis do CLT favoreciam uma autonomia maior por parte dos trabalhadores perante ao patrão, e mediante as reformas instauradas no estado novo, não foram poucas as aspirações por parte da oposição as reformas, para que o líder nacionalista fosse deposto, com o fim da segunda guerra mundial.
A volta do Trabalhismo de vargas nos anos 50
Diante de um governo precipitado por parte do presidente e ex - ministro da guerra, Eurico Gaspar Dutra, as mudanças do trabalhismo de vargas foram consideravelmente afrouxadas, quebrando o estado, o que deixou o povo descontete, e reelegendo Getúlio em 51, para que o trabalhismo fosse novamente instaurado, o que não agradou em nada as elites descontentes com a consolidação das leis do trabalho, e os descontentes ficaram ainda mais indignados, com a postura de Getúlio juntamente com o seu ministro do trabalho Jango em aumentar o salário mínimo em 100%, e o plebiscito favorável em explorar o petróleo nacional, com a criação da petrobrás, e também da lei da remessa de lucros das multinacionais, angariando, a oposição dos EUA, que aliando as elites locais, articularam a deposição do presidente, apesar das pressões por parte da oposição, com a unidade Trabalhista ameaçadas, o que não contavam, foi com o suicídio histórico de Vargas, nao consumando o golpe, com o choro e a manifestação por parte dos que o elegeram em 51.
Jango e Brizola: a continuação do Trabalhismo
Com o decorrer do tempo, o plano de metas de JK, e o conturbado parlamentarismo Brasileiro, acabaram por enfraquecer o continuismo do Trabalhismo no Brasil, mais que com a força dos herdeiros Trabalhistas de Getúlio Vargas, mantiveram sua unidade estabelecida, Brizola, que rechaçou o parlamentarismo através da resistência pela legalidade, e Jango com as suas reformas de base, revigoram o legado Varguista, com o mesmo intuito, e angariando pra si, os mesmos inimigos da nação e de seu líder maior, que permaneceram a velha aliança com os EUA, o que culminou com o golpe de 64, enfraquecendo consideravelmente o prosseguimento Trabalhista.
Golpe de 64 e o neo liberalismo - as desvirtudes do Trabalhismo
Um novo quadro do panorama social e político assolam os Brasileiros, o golpe de 64, que muitos conhecem como " revolução redentora ", começando com a flexibilização das leis do trabalho que Vargas consolidou ao longo da era Vargas, com a submissão aparente do trabalhador, perdendo a automação que conseguiram com o CLT, a tirania imperando com muita vitalidade e força, regime esse que perdurou por duas décadas, que depois rejeitam a maioria, como o caso das eleições diretas em 85, transitaram o poder para a mão dos civis burguêses, iniciando até então, a derrocada definitiva do Trabalhismo no Brasil, Collor com sua abertura econômica, promovendo a desindustrialização do país, e FHC com um plano da moeda nacional, com o ocultamento dos juros em dólar, e com as privatizações das estatais criadas pelo Trabalhismo de Vargas, como também da soberânia da nação, nos fazendo regredir ao período da república velha.
O sindicalista que um dia se disse Trabalhista
Hoje o declínio do Trabalhismo permanece, e por um alguém que se diz um autêntico ativista da área, Luis inácio Lula da Silva, e seu partido pseudo Trabalhista, que foi visto pela maioria esmagadora da nação , como a solução de todos os problemas existentes no país, deu continuísmo ao desmantelo Trabalhista a invasão estrangeira no país, com a expansão dos produtos Chineses, decorrentes da desisndustrialização e a flexibilização das leis do trabalho, o excesso de tributos pagos ao estado, que não retornam como investimento na área social, o crescente aumento das multinacionais, o não investimento na industrialização nacional, e entre tantos outros fatores internos e externos, nos fazem ver, que o Trabalhismo Brasileiro se mostra desvirtuado por um sujeito que cresceu em um sindicato protegido e assegurado pelo Trabalhismo que inciara em 1930, não restando vestígio daquele período vitorioso de nossa época.
Esse foi mais um post, espero que tenham gostado, e minha forma de indignação ao governo lula, como todos os neo liberais que desmoralizaram o Trabalhismo Brasileiro, abraço a todos.

2 comentários:

Gustavo Marin disse...

Acho que nem o proprio Governo Lula sabe se auto-definir sem se utilizar do discurso excessivamente politico.

Mas eh inegavel que, mesmo sendo um governo que beneficiou muito a burguesia, esse mesmo governo despertou a ira das elites.

ASsim como o de Vargas, Mariano, hehe. Um governo burgues que desagradou as elites.

O modelo varguista é uma forma de proteger a burguesia nacional contra o imperialismo da burguesia internacional.

Ou seja, você sabe que eu nunca vou apoiar algo como isso.

Unknown disse...

Lula nunca foi, verdadeiramente, Trabalhista.

Nem o próprio PT surgiu como um Partido realmente Trabalhista.

Ao contrário, um dos maiores incentivadores da criação do PT foi o todo-poderoso General Goubery do Couto e Silva.

O regime militar, prevendo a abertura e a anistia política, desejava impedir que Leonel Brizola retornasse do exílio e reassumisse a liderança trabalhista.

Era preciso enfraquecer Brizola, "desidratar" sua força política entre as classes obreiras.

O PT, portanto, surgiu, desde sua origem, para dividir o povo trabalhador.

É consagração da velha máxima ditada por Maquiavel: "Dividir para governar".

A ditadura favoreceu muito a criação e o fortalecimento do PT.

Tanto é verdade, que, em 1978, enquanto era PROIBIDO escrever o nome de Leonel Brizola, Lula era capa de revista.

Ressalte-se: Lula era capa da VEJA!

Portanto, não surpreende que Lula esteja fazendo o governo entreguista que hoje vemos, em que pretende doar praticamente 60% do território brasileiro para estrangeiros, ao "entregar" a nossa Amazônia à exploração internacional.

Como disseram Darcy Ribeiro e o próprio Brizola: "O PT é a esquerda que a direita gosta".

O Trabalhismo Brasileiro está adormecido e precisa ressurgir, urgentemente!

Getúlio Vargas, João Goulart, Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Alberto Pasqualini, dentre outros, fizeram sua parte!

Façamos, agora, a nossa!