quarta-feira, 4 de abril de 2007

Anos 60 e 70- a vitória do capital sobre o social



Esse post fala do conturbado período dos anos 60, uma década marcada pela instabilidade ecônimica e política, com as divergências entre os chamados governos populares contra a potência maior do capitalismo global, os EUA, em clima de guerra fria, a super potência optou por financiar golpes de estado por todo o continente, a fim de que o socialismo Soviético não fosse hegemônico na américa, e casos semelhanes, aconteceram na Argentina, Chile e Brasil, uma vez que sentiram - se ameaçados, com o sucesso da revolução Cubana de Che e Fidel Castro.
A crise do governo Goulart
A posse de Jango, aconteceu em decorrència da inesperada renúncia de Jânio Quadros, que sucedeu JK, no qual o presidente tentou retornar a presidencia, mais que sua manobra política foi totalmente fracassada, Os militantes da UDN bastante temerosos com a posse de João Goulart, optaram por colocar em vigor o parlamentarismo no país, em um primeiro momento essa jogada política obteve êxito, mais que em defesa de Jango, saiu o deputado Leonel de Moura Brizola, e sua campanha pela legalidade, uma resistência para que o parlamentarismo desse lugar ao regime presidencialista, e com o apoio da massa popular, garantiu a posse de Jango, recolocando em vigor, o regime presidêncialista.
Em janeiro de 1963, Jango assume a presidencia, e logo formou - se a oposição ferrenha a seu governo, as medidas das reformas da base, foram na sua grande maioria vetadas no congresso, de maioria de políticos pertencentes a UDN e o PSD, o partido de Jango, o PTB, era minoria no parlamento, o que deixara o presidente em situação de extrema delicadeza, só restando a esse, buscar apoio das ligas camponêsas e as ligas estudantis, uma vez que com as reformas de base, deixaram as elites locais bastantes descontentes, mesmo com a situação indo contra seu favor, Jango tenta uma resistência, através do comício central na cidade do Rio de Janeiro, mantendo uma postura mais enérgica, prometendo ao povo que as reformas sairíam do papel, o que as elites consideraram a gota d'água, para ai então articular o golpe, financiados pelos EUA, o golpe consagrou - se vitorioso no dia 31 de março de 1964, com os militares assumindo o posto, e depondo Jango, que parte imediatamente para o exílio no Uruguai.
O golpe no Chile e na Argentina
Com o início dos anos 70, o candidato da chapa socialista do chile, Salvador Allende, vence as eleições chilenas, e muda radicalmente a forma de governo daquele país, com medidas estatizantes, agradando ao povo chileno, e despertando a fúria dos poderosos, a oposição de Allende pressiona bastante o presidente, mais esse resiste bravamente, até entao entar entrar nessa briga pelo poder os EUA, como fizeram no Brasil, financiou os militares Chilenos, a mando do General Augusto Pinochett, a efetivarem o golpe de estado no chile, precisamente no ano de 1973, incêndiando o palácio de moneda, fazendo com que Allende fosse morto, em algo até hoje, mal explicado, o que depois de 27 anos , os EUA admitiram participação do golpe militar o chile.
A furiosa ditadura Argentina
A segunda Guerra mundial, estava próxima do final, e na Argentina ocorre um golpe de estado, promovido pelo militar de nome juan Domingo Peron, no ano de 1943, assinalando um novo momento constitucional na Argentina, sua passagem na presidencia deste país, marcou para sempre o povo Argentino, que até mesmo nos dias atuais, fazem reverência a Juan Peron e sua mulher Evita Peron, um populismo que desagradara as elites, foi vítima de um novo golpe de estado, com o passar de seus 12 anos de governo, após o golpe, Peron parte para o exílio na Europa, mais assim como Vargas no Brasil, Peron voltaria a presidencia da Argentina, o que ocorreu em meádos dos anos 70, elegido pela maioria, Peron tem um governo marcado pela crise e conturbação daqueles que não queriam sua volta, e no final da vida, morre em 74, sendo assim, após a morte de Peron, assume a sua terceira mulher, Isabellita Peron, mas a crise institucional e ecônomica da Argentina, é palco para que mais uma vez, os EUA patrocinassem um novo golpe de estado, e assim e 76, tem início na Argentina, a ditadura militar mais sangrenta de toda a américa latina.
deixo aqui mais um post, falando da intervenção Norte Americana em todo o continente, patrocinando golpes de estado, mantendo sua hegemônia a qualquer custo, abraço a todos, e que os posts continuem.

Um comentário:

Gustavo Marin disse...

O pior é que até hoje essas ditaduras contra o povo latino e todas as mazelas causadas por elas não conseguem de forma alguma serem investigadas e apuradas.

Recentemente, na Argentina, ia a Julgamento um dos torturadores da época do Regime Militar Argentino. Que aconteceu com a testemunha? O cara sumiu, nunca mais apareceu. Em outras palavras: foi "misteriosamente" morto. Felizmente, o Kirchner ta tentando mexer no passado triste daquele país.

Já no Brasil, o que acontece com os documentos que talvez possibilitariam os brasileiros de entender essa página negra na nossa história? Somem. Misteriosamente também. Queimados, picados, jogados ao mar, sabe-se lá Deus.

Um dia a justiça há de ser feita. Pinochet viu-se livre dela. Mas tem muita gente ainda pra punir.

Que tal começar por aqui? A carne de ACM, Bornhausen e Cia. ainda está fresca!

Abraços, Mariano.