quinta-feira, 8 de novembro de 2007

tempos de inversão...




E porque fui inventar de colocar o título como " tempos de inversão "??, por uma razão muito simples, voltemos no tempo, mais precisamente nos anos 60, os inesquecíveis " anos rebeldes ". Avistamos uma situação totalmente oposta aos dias atuais. A instabilidade sócio - política foi marca registrada nos tempos de fúria e sede de mudança propostas pela juventude não apenas no Brasil, como em todas as partes onde a face negra do capitalismo estava em ressonância juntamente com o lado oculto do socialismo nos moldes do totalitarismo soviético, na disputa por territórios de influência econômicas e ideológicas. Apesar de tamanhos obstáculos impostos pelos sistemas vigentes, a juventude explicitava sua força e conteúdo para as transformações no globo terrestre, visando um mundo de igualdade, pacividade e liberdade, sendo que sua grande maioria aderiu ao que conhecemos como " comunismo ", termo que os conservadores de outrora classificavam como " bicho papão comedor de criancinhas ". Aqui no Brasil, os anos 60 foi palco para o golpe de estado que incorporou o medo, a repressão, a tortura, e o alinhamento com o tio sam em nosso dia a dia por duas décadas inteiras, a juventude foi as ruas, mobilizou e articulou de todas as formas possíveis no exercício de contrariar o destino que lhes foi imposto. Passado as duas décadas amendrontadoras, como também aqueles tempos de efervescência da juventude, encontramos um cenário político social totalmente oposto ao de 4 décadas anteriores, aparentemente, passamos por um momento de estabilidade constitucional, sem nenhum risco de sofrermos outro golpe de estado, com o fantasma da inflação banido da rotina dos brasileiros, mas como fica o papel da juventude em meio a essa inversão dos fatos que sucederam até a vinda dos dias atuais??, vamos por partes. A juventude de 40 anos atrás, encontra - se no poder, aonde sempre queriam estar, mais o engraçado de tudo é que estão praticando o oposto de tudo exerciam em um passado não muito distante, agindo conforme os conservadores tiranos faziam, e muito bem por sinal, ou talvez estejam preparando o palco para uma nova versão da revolução russa, em moldes tupiniquins, o que me faz lembrar das palavras de Maquiável " o poder corrompe ", mais ainda é muito cedo e incerto para tirarmos conclusões precipitadas a este respeito. O que me deixa mais assustado é o papel que a juventude do século XXI anda prestando, baseados na denominação de comodismo, fez com que o engajamento político voasse pelos ares, juntamente com aquela vontade de propiciar as metamorfóses necessárias no panorama mundial, o analfabetismo político corre a solta no vocabulário da juventude, com as suas devidas excessões, mais a verdade é que a falta dos movimentos representativos da juventude nas decisões políticas desse país é alarmante, escasseando a olhos vistos, quase que de maneira generalizada. A derrocada do espírito revolucionário juvenil está presente em todos os cantos, a vontade de usufruir de um aparelho de DVD, um computador, um aparelho mp3, de um vídeo game playstation 2, entre outros produtos referentes a globalização, é maior do que participar dos acontecimentos sociais do país, de lutar para que seus direitos e seu espaço cativo na sociedade. Mediante as questões levantadas, ficam as intermináveis dúvidas, Aonde evoluímos??, aonde decaímos??, a juventude está perdida??, ou a juventude está salva de seu espírito de lutas e mudanças??, o poder é resultado da face oculta e obscura do ser humano??, Deixo para que vocês respondam. Fico por aqui com essas palavras de pura ingenuidade de um simples jovem de 20 anos de idade, que talvez tenha em seu espírito, vestígios de mudança assim como a juventude de 40 anos atrás, na arte de contrapor ao destino que nos foi lançado.